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- Felix Pacheco, piauinse dedicou-se à vida literária. Poeta de estilo intermediário entre o parnasianismo e o simbolismo, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1912.
- Do cimo da montanha
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- Musa, pára um momento aqui, musa severa!
- Olha deste alto cimo a Pátria, o Sonho, a Vida...
- Mede toda a extensão imensa percorrida,
- E o presente, e o porvir esmiúça, e considera!
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- Interpreta, na estrofe, a saudade sincera,
- E realça, firme, o traço à página esquecida!
- Canta a luz que te doura, e estende-a, refletida,
- Sobre os rincões natais, que tua alma venera!
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- Mas grava tudo lenta, unindo, com orgulho,
- O esto dos palmerais, e a harmonia dos trenos,
- Como na relação do efeito para as causas...
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- Junta o carme à epopéia, enlaça o grito e o arrulho,
- E os quarenta anos teus se fixarão, serenos,
- Num longo beijo quente, ampliado em sóis e em pausas
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