poeta, anarquista, avo do artista plastico Helio Oiticica (dos parangolês), escrevia sonetos, grande amigo de outra escritora anarquista; Maria Lacerda de Moura, nasceu 1882, morreu em 1957.
- Para a anarquia vai a humanidade
- Que da anarquia a humanidade vem!
- Vide como esse ideal do acordo invade
- As classes todas pelo mundo além!
- Que importa que a fração dos ricos brade
- Vendo que a antiga lei não se mantém?
- Hão de ruir as muralhas da Cidade,
- Que não há fortalezas contra o bem
- Façam da ação dos subversivos crime,'
- Persigam, matem, zombem... tudo em vão...
- A ideia, perseguida, é mais sublime,
- Pois nos rude ataques à opressão,
- A cada herói que morra ou desanime
- Dezenas de outros bravos surgirão.
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