noivado funebre
negra tristeza meu semblante encova
o noiva amada, o lirio meu fanado
por que não vamos, na nudez da cova,
em cirios celebrar nosso noivado?
no sete palmos desse leito amado
ao frio bom de uma volupia nova
ha de embalar o nosso amor gelado
o coveiro a cantar maguada trova
e os nossos corpos, gelidos, inermes
em demorados e famintos beijos
serão depois roídos pelos vermes
extraído livro Poetas Esquecidos de Mario Linhares- é disso que eu estava falando
Um soneto maravilhoso! Este autor é uma raridade, só se encontra dele este soneto na internet. Acaso saibas onde posso encontrar a obra dele, ou algo mais, por favor entrar em contato comigo. Desde já, grato.
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